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Olá, Wander! Agradecemos muito pelo comentário! De fato, em um primeiro momento, a ideia de ser possível para a oficina não aceitar que o cliente leve a peça parece ferir o Código de Defesa do Consumidor, aparentando ser venda casada. Mas a aplicação do Direito deve sempre levar em conta o fato concreto, ou seja, o fato em si, o ambiente e as pessoas envolvidas, caso contrário não haveria a necessidade dos aplicadores do direito (advogados, juízes, promotores...), só o código já seria suficiente. E sabemos que não é assim que funciona. Quando falamos da Reparação Automotiva, especificamente, temos o seguinte: as oficinas são empresas privadas (não prestam serviços públicos) e podem ter regras particulares (desde que não sejam ilegais); o cliente não é obrigado a ir em uma oficina específica para fazer a reparação em seu veículo (ele pode escolher). Não precisa nem levar seu veículo em uma oficina, ou seja, ele mesmo pode fazer a reparação, se tiver conhecimento e ferramental para isso. Desta forma, se o cliente quer levar as peças para serem aplicadas em seu veículo, ao chegar em uma empresa reparadora automotiva e se deparar com o aviso de que aquele estabelecimento “não trabalha com peças fornecidas pelo cliente” ( regra da empresa), ele poderá buscar outra oficina que aceite trabalhar da forma que ele prefere. Mas isso não é venda casada? Não! Venda casada ocorre, por exemplo, quando uma determinada fabricante de autopeças coloca a venda no mercado uma peça ou componente metálico e cilíndrico, que possui um anel de vedação de borracha. No momento da reparação do veículo, o profissional mecânico verifica que, embora a peça metálica esteja em perfeitas condições, o anel de borracha está rompido ou desgastado e precisa ser trocado, porém aquela fabricante não disponibiliza para venda apenas o anel de vedação, obrigando, desta forma, o consumidor a comprar o kit inteiro (componente + anel de vedação). Isso é venda casada e é vedado pelo nosso CDC. A empresa reparadora automotiva ter como regra que não trabalha com peças e componentes comprados pelo cliente em outro estabelecimento comercial é regra particular de gestão e não venda casada. Atenção: desde que isso já fique claro para o consumidor final antes da contratação. Para fazermos uma comparação, vamos pensar que um cliente vá até uma hamburgueria. Parece razoável que ele leve o pão, o hamburguer e o queijo, e que contrate apenas a mão de obra para a montagem do sanduíche? Falaríamos que é venda casada? Com certeza não. O mesmo ocorre com uma oficina. Novamente, agradecemos pela participação. Conte com o nosso time para esclarecer e te apoiar em qualquer outra dúvida!🙂🙏

@@GestaoParaOficinas Olá, Boa Noite! Vamos lá! - Primeiro Exato as oficinas podem possuir regras particulares desde que não sejam ilegais, porém a partir do momento que uma oficina, cujo o segmento é voltado para venda de MÃO DE OBRA e posteriormente peças para manutenção de veículos, passa a exigir que as peças sejam compradas na própria oficina/estabelecimento, essa regra se torna abusiva, e de acordo com o Art.51 do CDC, qlq clausula ou regra abusiva são consideradas nula de pleno direito. Desafio a me mostrar uma jurisprudência plausível, favorável a isso. Pq esse caso, se enquadra no mesmo entendimento que considera venda casada, um cinema obrigar seus clientes a consumirem somente alimentos da loja do cinema, quando o segmento do Cinema é voltado para a venda de ingressos Segundo "o cliente não é obrigado a ir em uma oficina específica para fazer a reparação em seu veículo, ele pode escolher." Meu caro, que argumento para justificar é esse? Se fosse assim, poderíamos rasgar o CDC, pq ele não serviria de nada, afinal de contas, nenhum cliente é obrigado a adentrar a nenhum estabelecimento público/privado, seja ele Oficina, Marcenaria, Loja de auto peças, fast food, etc.. É obvio que o cliente que escolhe, ele não é obrigado, mas a partir do momento que ele adentra, deve ser respeitado de acordo com o CDC. Se for assim então, eu não sou obrigado a entrar na Casas Bahia ou em uma Oficina, mas se entrei e tive meu Direito desrespeitado lá, não vou poder fazer jus ao meu Direito, simplesmente pq eu entrei pq quis? wtf? que argumento mais sem pé e sem cabeça. CDC é diferente de CPC. O erro de muitos é confundir relação consumerista com Código de processo Civil, Direito Consumerista não é igual a um contrato qualquer, que vc faz com um amigo ou uma pessoa qualquer, e coloca no contrato o que vc quiser, que vai valer. Terceiro Outro argumento sem pé nem cabeça, hamburgueria vende mão de obra de hambúrguer? Não, O segmento da Hamburgueria é voltado para a venda do produto final, no caso o hambúrguer. Ao contrário da oficina, que é VOLTADA PARA VENDA DE MÃO DE OBRA E PEÇAS Por conta desses pensamentos, que ultimamente o Procon vem autuando diversas oficinas por venda casada

@@GestaoParaOficinas Ah Wander, mas então o que fazer, quando o problema for na peça do cliente, eu vou ficar no prejuízo de mão de obra, sendo que ele comprou em outro lugar? Não, jamais, nenhum estabelecimento é obrigado a dar garantia de um produto que não foi vendido por ele, vamos lá a algumas sugestões 1. Pode cobrar de forma indireta, uma mão de obra mais cara. Ex: A mão de obra é $500 com a peça do cliente, porém se comprar a peça na oficina sai a $400 2. Em casos de peças compradas fora da oficina, a Garantia da mão de obra é da oficina, caso o problema seja ocasionado por falha na montagem, caso seja detectado que o problema seja na peça, o cliente procura a garantia na loja que ele comprou. Ah mais como vou saber de quem é a culpa, a loja vai falar que é houve falha na mão de obra da oficina, e a oficina vai falar que a culpa é da peça. Simples, para isso que no âmbito jurídico exigimos o Laudo Técnico de uma empresa neutra

Boa tarde, Wander! Agradecemos muito por trazer um pouquinho sobre o seu ponto de vista. Essa troca é muito bacana para o crescimento de todos 🙂Sua opinião é muito válida e entendemos cada detalhe do que disse. Porém, também existem outras formas de perceber os casos, incluindo, diferentes olhares de magestrados. Para entender esses pontos, é preciso chegar em uma medida judicial, já que o direito não é algo fixo. Tanto o CDC, quanto o CPC não funcionam como um manual de despachante. O direito depende muito do caso concreto / da situação e, para o setor automotivo, o caminho funciona como o citado no vídeo. Novamente, agradecemos muito pela participação e contribuição. Vamos em frente! 🙏

Ok, mas ninguém falou que a garantia que a oficina oferece é a legal (90 dias) Uma peça para dar defeito em 90 dias tem que ser muito mas muito ruim... E o cliente que usa pouco o carro? Eu tomei um baita prejuízo recentemente forneci a pastilha (marca Ferodo) tive problemas apos 01 ano e rodar coisa de12km (pastilhas de cerâmica que deveriam duram pelo menos 80km) beleza arquei com prejuízo (nas duas vezes a oficina forneceu os discos) Coloquei a peça fornecida pela oficina pastilha Bosch cerâmica quase R$500 discos novos novamente + mão de obra, passou 4 meses e 5km rodados as pastilhas começaram a apitar era final de dezembro festa etc... só consegui levar o carro em Fevereiro e fiquei a ver navios... lixaram as pastilha duas vezes e nada resolvia eu não aguentava mais o barulho de caminhão ao frear (obs não peguei chuva, enchente ou fico com pé no freio em decida) O que acabei gastando dava para ter trocado a pastilha na CSS e colocado disco e pastilhas originais... Para minha surpresa fui agendar a troca das bandejas e a oficina agora não aceita mais peças não fornecidas se não forem originais com nota da CSS kkkkkk Nem óleo e filtros...

O cliente tem a opção de levar o veículo onde preferir. Imagina se todo mundo resolve levar cerveja pro boteco porque na distribuidora é mais barato...

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